Trump promete endurecer cerco financeiro e amplia pressão internacional contra Maduro

EUA levam acusações à ONU e Venezuela reage com nova lei contra bloqueios no Caribe
Os Estados Unidos anunciaram na Organização das Nações Unidas que vão intensificar e fazer valer sanções contra a Venezuela, com foco em reduzir drasticamente o acesso do governo de Nicolás Maduro a recursos financeiros oriundos da exportação de petróleo. A posição foi apresentada no Conselho de Segurança pelo embaixador americano Mike Waltz, que afirmou que Washington pretende usar todos os mecanismos legais disponíveis para enfraquecer o que chamou de manutenção fraudulenta do poder e vínculos com o narcotráfico. Para o governo norte-americano, impedir a comercialização do petróleo venezuelano é uma forma direta de pressionar o regime.
Durante o mesmo debate na ONU, os EUA reforçaram acusações de que Maduro lideraria o chamado Cartel de los Soles, grupo apontado como ligado ao tráfico internacional de drogas. O governo americano mantém uma recompensa de US$ 50 milhões por informações que levem à captura do presidente venezuelano. A reunião ocorreu em meio às queixas formais apresentadas por Caracas sobre apreensões de navios petroleiros no Caribe, após o anúncio do presidente Donald Trump de um bloqueio total a embarcações que deixem portos da Venezuela.
Em resposta direta às ações dos Estados Unidos, a Assembleia Nacional da Venezuela aprovou uma nova legislação que prevê penas de até 20 anos de prisão para quem promover ou financiar atos classificados como pirataria ou bloqueio comercial. Aliado de Maduro, o presidente do Parlamento, Jorge Rodríguez, acusou setores da oposição de apoiar as sanções e comemorarem o cerco internacional. Paralelamente, Trump e Maduro voltaram a trocar declarações públicas, com o líder americano sugerindo que a renúncia seria a melhor saída, enquanto o venezuelano rebateu dizendo que Washington deveria se concentrar nos próprios problemas internos.







