Funcionário de granja com sintomas gripais testa negativo para gripe aviária no RS

O caso de um trabalhador com sintomas gripais em Montenegro, no Rio Grande do Sul, gerou preocupação após a confirmação de um foco de gripe aviária em uma granja da cidade. No entanto, exames realizados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, descartaram a infecção pelo vírus H5N1. Segundo a Secretaria Estadual da Saúde, o funcionário seguiu protocolo de segurança e permaneceu em isolamento domiciliar durante o período de análise.

A vigilância sanitária acompanha de perto outros funcionários expostos tanto na granja de Montenegro quanto no zoológico de Sapucaia do Sul, outro local onde o vírus foi detectado em aves. A Secretaria de Agricultura do estado já instalou sete barreiras sanitárias na região afetada e realizou inspeções em mais da metade das propriedades rurais dentro da zona de vigilância. Além disso, ovos de incubação provenientes da granja foram localizados e estão sendo destruídos para conter a disseminação do vírus.

Apesar da gravidade da situação entre as aves, o Ministério da Agricultura reforça que o risco de transmissão para humanos é considerado baixo e geralmente ocorre apenas com contato direto e intenso com animais infectados. O Brasil nunca registrou um caso humano de gripe aviária, e o consumo de carne de frango ou ovos permanece seguro. Desde 2022, o país investigou cerca de 4 mil suspeitas em aves, das quais apenas 4% foram confirmadas como casos de H5N1, majoritariamente em animais silvestres.

O governo federal trabalha para manter o status sanitário do país. Segundo o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, o Brasil precisa passar 28 dias sem novos registros para voltar a ser considerado livre da doença, o que é fundamental para a retomada das exportações a mercados que suspenderam compras de frango brasileiro. Enquanto isso, as autoridades seguem com medidas de controle e monitoramento, inclusive em outras regiões, como em Aguiarnópolis (TO), onde uma nova suspeita está sendo investigada com indícios de baixa patogenicidade.

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