Mulher vai parar na UTI após usar Ozempic falso e Polícia Civil desmantela rede criminosa

Uma operação da Polícia Civil de Santa Catarina foi deflagrada após uma mulher ser internada em estado grave por ter usado um medicamento falsificado. A vítima, moradora do estado, acreditava estar aplicando Ozempic para emagrecimento, mas exames posteriores revelaram que o conteúdo da ampola era, na verdade, insulina. O caso ocorreu em outubro de 2024 e levou à internação da paciente na UTI, dando início às investigações conduzidas pela Delegacia de Investigação à Lavagem de Dinheiro (DLAV/DEIC).
Na manhã desta segunda-feira (26), agentes cumpriram sete mandados judiciais, incluindo duas prisões em cidades de Santa Catarina e em Catalão, no estado de Goiás. Um dos principais alvos da operação, batizada de “Reação Adversa”, foi preso em Jaraguá do Sul, suspeito de ser o responsável pelo envio dos medicamentos adulterados. A ação teve apoio das divisões da Polícia Civil de Goiás, além das unidades de Canoinhas e Campos Novos.
Segundo as autoridades, o grupo desmantelado atuava na falsificação e venda de anabolizantes, remédios abortivos e outros medicamentos ilegais ou com validade vencida. Os criminosos contavam com o suporte de uma gráfica que fabricava embalagens falsas com aparência idêntica às originais. As vendas ocorriam principalmente pelas redes sociais, a preços bem abaixo do mercado, o que facilitava a disseminação dos produtos adulterados.
Além das prisões, a operação resultou na apreensão de veículos de luxo e imóveis adquiridos com os lucros da atividade criminosa, que agora estão indisponibilizados para futura reparação às vítimas. Os envolvidos poderão responder por diversos crimes, incluindo tentativa de homicídio com dolo eventual, devido à gravidade dos riscos causados pelos medicamentos falsificados.