Elon Musk deixa governo Trump após mandato turbulento
Bilionário encerra passagem polêmica marcada por cortes agressivos e embates com o alto escalão

Elon Musk, CEO da Tesla, anunciou sua saída do governo Trump após liderar uma polêmica campanha de redução de custos no Departamento de Eficiência Governamental (Doge). Ao longo de 130 dias, Musk promoveu cortes drásticos em agências federais, prometendo uma economia de US$ 2 trilhões, embora o próprio Doge estime que apenas US$ 175 bilhões tenham sido economizados até agora. A despedida foi repentina e sem cerimônia formal com o presidente, ocorrendo após críticas públicas de Musk ao novo projeto de lei tributária, o que causou desconforto na Casa Branca.
Durante sua curta atuação, Musk tornou-se uma figura de destaque no governo, chamando atenção com atitudes provocativas e discursos inflamados, como ao usar uma motosserra metálica em evento conservador para simbolizar o corte da burocracia. Contudo, sua postura agressiva e o desprezo pelo funcionalismo público geraram tensões crescentes com membros do gabinete e aliados de Trump, incluindo os secretários de Estado, Transportes e Tesouro. O bilionário também entrou em confronto com o conselheiro comercial Peter Navarro, intensificando ainda mais a instabilidade de sua permanência.
Nos bastidores, Musk já demonstrava insatisfação com os limites de sua atuação, insinuando que voltaria a se dedicar integralmente aos seus negócios. Em recente entrevista, ele classificou a burocracia federal como mais complexa do que previa, admitindo frustração por não conseguir promover cortes mais profundos. Apesar de sua saída, o governo afirmou que os esforços do Doge para reestruturação administrativa continuarão sob nova liderança.