Oeste de Santa Catarina é um dos principais focos de tornados no planeta

Região brasileira é superada apenas pelos Estados Unidos em número de ocorrências, devido a condições atmosféricas e geográficas únicas

Santa Catarina concentra uma das áreas com maior incidência de tornados fora dos Estados Unidos, e a explicação está na combinação de fatores geográficos e climáticos. Segundo o meteorologista Piter Scheuer, a região Oeste do estado reúne características que favorecem a formação de tempestades severas, como relevo plano, umidade vinda da Amazônia e frentes frias que descem dos Andes. Essa interação cria supercélulas que podem gerar tornados, fenômeno similar ao que ocorre na famosa “Tornado Alley” norte-americana.

O mapa das tempestades no estado revela rotas recorrentes, especialmente nas regiões Oeste e Meio-Oeste. Cidades como Chapecó, Xanxerê, Guaraciaba e São Miguel do Oeste estão entre as mais afetadas por vendavais, granizo e tornados. Já no Meio-Oeste, municípios como Concórdia, Joaçaba e Curitibanos também registram ocorrências frequentes, principalmente de granizo. Esses corredores climáticos são marcados por episódios históricos, como os tornados de Guaraciaba (2009) e Xanxerê (2015), ambos com potencial destrutivo elevado.

No Brasil, os tornados são classificados pela Escala Fujita (EF), que vai de EF0 a EF5, conforme a velocidade dos ventos. A maioria dos fenômenos registrados no Sul do país varia entre EF0 e EF1, embora casos mais intensos também tenham sido observados. Para prevenir tragédias, a Defesa Civil de Santa Catarina orienta a população com medidas antes, durante e depois das tempestades. Isso inclui desde reforçar estruturas residenciais até saber como agir em campo aberto durante um fenômeno severo, além de prestar atenção aos alertas meteorológicos.

A formação de um tornado se dá por meio de nuvens chamadas cumulonimbus, que sugam ar das camadas inferiores e geram um funil giratório. Terrenos planos, como os do Oeste catarinense, favorecem esse movimento, tornando a região especialmente vulnerável. Diante desse cenário, a preparação e o monitoramento constante se tornam ferramentas essenciais para proteger a população e mitigar os danos causados por eventos extremos.

Com informações de ND+.

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