Lula revoga decreto e autoriza governo a custear traslado do corpo de Juliana Marins

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira, 26 de junho, que vai revogar o decreto que impede o governo brasileiro de custear o traslado de brasileiros mortos no exterior e editará uma nova norma permitindo a operação. A declaração foi feita durante evento na Favela do Moinho, em São Paulo.
“Vou revogar esse decreto e vou fazer outro decreto para que o governo brasileiro possa custear a vinda dessa jovem. Hoje pela manhã eu falei com o pai dela”, disse Lula. O presidente explicou que um decreto de 2017 proíbe o Ministério das Relações Exteriores de arcar com esses custos, mas que a situação será alterada imediatamente. “Sei que muita gente está acompanhando pela internet o sofrimento dessa moça e o sofrimento da família. Portanto, nós vamos cuidar de todos os brasileiros, esteja ele onde estiver”, completou.
Juliana Marins, de 27 anos, natural de Niterói (RJ), morreu após cair em uma trilha próxima ao vulcão Rinjani, na Indonésia. Ela desapareceu na sexta-feira, 20 de junho, e foi encontrada morta na terça-feira, 24 de junho, conforme divulgou a família nas redes sociais.
Segundo parentes, houve grande negligência nas buscas, que enfrentaram diversas tentativas frustradas de chegar até a vítima. Testemunhas afirmaram que Juliana teria sido deixada para trás pelo guia contratado e seu desaparecimento só foi percebido horas depois. O governo indonésio justificou a demora, alegando que a evacuação exigiu colaboração entre agências e voluntários, em terreno extremo e clima imprevisível.