Idoso perde mais de R$ 1 milhão em golpe do Pix e quadrilha soma 30 vítimas em Porto Alegre

Um homem de 71 anos, morador de Porto Alegre, enfrentou a pior experiência financeira de sua vida ao perder mais de R$ 1 milhão em um golpe do Pix entre setembro de 2024 e março de 2025. O idoso foi enganado duas vezes por golpistas que se passaram por funcionários de banco, chegando a realizar transferências sucessivas e tendo ainda um empréstimo de R$ 400 mil feito em seu nome durante a fraude. Ele relatou que, além do prejuízo financeiro, sofreu sérios impactos emocionais, chegando a ficar sem recursos para despesas básicas, dependendo de ajuda de conhecidos para alimentação e combustível.
A investigação conduzida pela 8ª Delegacia de Polícia de Porto Alegre revelou que a quadrilha responsável já fez pelo menos 30 vítimas na capital gaúcha, acumulando prejuízos estimados em R$ 30 milhões. Os criminosos costumam selecionar pessoas idosas com estabilidade financeira, obtendo informações pelas redes sociais e internet. Em maio, quatro suspeitos foram presos, mas a polícia ainda mapeia outros integrantes que atuam fora do estado. O inquérito já reúne mais de 700 páginas com depoimentos e provas desde o início das apurações.
De acordo com o delegado Juliano Ferreira, a tática mais usada pelos golpistas envolve se apresentar como funcionário do banco e alertar sobre uma suposta transação suspeita, convencendo a vítima a transferir dinheiro para contas “seguras” indicadas por eles, que na verdade pertencem a laranjas ou à própria quadrilha. O delegado destaca que nenhum banco solicita transferência de segurança aos clientes, sendo esse pedido sempre um indicativo de golpe.
A Polícia Civil alerta para os principais golpes envolvendo Pix, como falso funcionário de banco, WhatsApp clonado, QR Code fraudado, promessas de lucro com “bug do Pix” e falsas solicitações de estorno. Para evitar fraudes, recomenda-se nunca transferir valores sem confirmação direta com o banco, cadastrar chaves Pix apenas no app oficial, desconfiar de contatos que peçam informações bancárias e utilizar somente canais oficiais de atendimento.
Com informações de GZH.