Implante contraceptivo Implanon será oferecido pelo SUS a partir do segundo semestre
Implante hormonal de longa duração terá distribuição gratuita em unidades básicas de saúde e previsão de investimento de R$ 245 milhões

O Sistema Único de Saúde (SUS) passará a disponibilizar o implante contraceptivo Implanon a partir do segundo semestre. Segundo o Ministério da Saúde, o método é considerado vantajoso por sua longa duração de até três anos e alta eficácia, além de contribuir para a redução da mortalidade materna, alinhando-se aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.
A decisão de incorporar o contraceptivo foi apresentada na tarde de quarta-feira, 2 de julho, durante reunião da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec). A portaria que oficializa a medida será publicada nos próximos dias. Após a publicação, áreas técnicas terão 180 dias para efetivar a oferta, incluindo atualização de diretrizes clínicas, aquisição e distribuição dos insumos, além de capacitação de profissionais.
O ministério prevê a distribuição de 1,8 milhão de dispositivos, sendo 500 mil ainda este ano, com investimento de aproximadamente R$ 245 milhões – atualmente, cada unidade custa entre R$ 2 mil e R$ 4 mil. O implante subdérmico Implanon é inserido por médicos ou enfermeiros qualificados e garante eficácia por até três anos sem necessidade de intervenções durante esse período. Após a remoção, a fertilidade é rapidamente retomada.
Entre os contraceptivos oferecidos atualmente pelo SUS, apenas o DIU de cobre é classificado como Larc (contraceptivo reversível de longa duração). Segundo o ministério, métodos Larc são mais eficazes por não dependerem do uso contínuo e correto pela usuária, diferentemente de anticoncepcionais orais ou injetáveis.
Atualmente, o SUS disponibiliza os seguintes métodos contraceptivos:
- preservativos externo e interno;
- DIU de cobre;
- anticoncepcional oral combinado;
- pílula oral de progestagênio;
- injetáveis hormonais mensal e trimestral;
- laqueadura tubária bilateral;
- vasectomia.
A pasta alertou que, entre todos os métodos disponíveis, apenas preservativos oferecem proteção contra infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).