Operação Rapta prende envolvidos em homicídio qualificado com sequestro no Vale do Sinos

A Polícia Civil deflagrou nesta quarta-feira, 10 de julho, a Operação Rapta, esclarecendo um crime de homicídio qualificado com sequestro que chocou Sapucaia do Sul e região. Mandados de prisão e de busca e apreensão foram cumpridos em Canoas, Porto Alegre, Viamão, Charqueadas e Osório, resultando em cinco pessoas presas ao longo da investigação, sendo duas prisões temporárias nesta manhã e outras três pessoas que já estavam detidas por outros crimes.

A vítima era um jovem de 20 anos, sem antecedentes criminais. O crime ocorreu na madrugada de terça-feira, 25 de fevereiro, quando o rapaz foi sequestrado em frente à sua residência, em Canoas, e encontrado morto horas depois na Rua São Miguel, em Sapucaia do Sul. O corpo apresentava sinais de espancamento e mais de 20 perfurações de arma de fogo calibre 9mm, caracterizando execução sumária. A motivação estaria relacionada a ciúmes e conflitos entre organizações criminosas.

As investigações revelaram que a vítima tinha amizades de infância com integrantes de grupos criminosos rivais e mantinha relacionamentos com mulheres vinculadas a diferentes organizações, o que gerava descontentamento e ameaças. Além disso, postagens de ostentação em redes sociais despertaram a desconfiança de membros do crime organizado, que interpretaram o comportamento como sinal de afiliação rival.

A Polícia Civil identificou o Fiat Argo prata utilizado no crime, encontrado em um condomínio de Canoas, com respingos de sangue no porta-malas e chinelo arrebentado no banco traseiro. A placa do veículo era clonada. Imagens do condomínio mostraram suspeitos analisando o carro na madrugada do homicídio.

Em maio, uma mulher foi presa em Cachoeirinha. Em interrogatório, ela confirmou participação no crime, relatando ter sido obrigada pelo ex-namorado, motivado por ciúmes e rivalidade. As investigações apontaram ainda que os criminosos tentavam obter informações sobre membros de organizações rivais, considerando a vítima como fonte potencial de dados.

Segundo a Polícia Civil, o crime foi planejado e executado com extrema crueldade, evidenciando a violência das guerras entre facções que atuam na região metropolitana. A Operação Rapta continua com diligências para identificar e responsabilizar todos os envolvidos na execução e nos atos preparatórios do homicídio.

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