Anac aprova primeiro certificado para balões comerciais no Brasil após tragédia em Santa Catarina

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) emitiu pela primeira vez no Brasil um certificado para balões de ar quente tripulados, menos de um mês após o incêndio que matou oito pessoas em Praia Grande, no Sul de Santa Catarina. A autorização foi publicada no Diário Oficial da União nesta quinta-feira, 10 de julho, e contempla cinco modelos da Rubic Balões, fabricante sediada em São Paulo, com capacidade para até 13 pessoas.

Segundo a Anac, os equipamentos são os primeiros a cumprir os requisitos do Regulamento Brasileiro de Aviação Civil (RBAC) nº 31, norma específica para aeronavegabilidade de balões, após três anos de avaliações técnicas e testes de segurança. Até então, os balões brasileiros operavam sob regulamentos menos rigorosos, como o RBAC nº 103, que dispensa certificação de aeronavegabilidade, ou eram registrados como experimentais no RBAC nº 91, com restrições operacionais, incluindo a proibição de voar sobre áreas densamente povoadas.

Para Marina Kalousdian, diretora da Rubic Balões, a certificação “transforma completamente a forma de produzir”, pois exige rastreabilidade e garantia de todo o processo produtivo, elevando o nível de segurança das operações. Após a certificação dos modelos, cada balão ainda precisa de uma inspeção individual para receber o Certificado de Aeronavegabilidade Padrão, obrigatório para voos comerciais. A Rubic também aguarda a Certificação de Organização de Produção (COP) para iniciar fabricação em série.

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