Colisão cósmica sem precedentes desafia teorias sobre a formação do universo

Maior fusão de buracos negros já registrada foi detectada por cientistas dos EUA e Reino Unido, com apoio do LIGO e parceiros internacionais

Uma descoberta histórica foi feita por cientistas dos Estados Unidos e do Reino Unido, que identificaram o evento GW231123 — a maior fusão de buracos negros já observada. O fenômeno envolveu objetos com mais de 100 massas solares cada, resultando na formação de um novo buraco negro com aproximadamente 225 massas solares.

A detecção foi possível graças ao Observatório de Ondas Gravitacionais por Interferômetro a Laser (LIGO), com suporte da colaboração LVK, que inclui instrumentos no Japão e na Itália. A colisão ocorreu a cerca de 10 bilhões de anos-luz de distância, e seu sinal foi captado por um breve instante, provocando distorções quase imperceptíveis no espaço-tempo, mas suficientes para confirmar a fusão.

O evento desafia os modelos tradicionais da astrofísica, já que objetos com essa magnitude não se encaixam nos padrões previstos pela formação estelar convencional. Pesquisadores sugerem que fusões sucessivas possam ter originado essas estruturas gigantescas, e esperam que novos estudos revelem respostas mais precisas.

Com os dados abertos à comunidade científica, equipes ao redor do mundo planejam aprofundar o conhecimento sobre ondas gravitacionais e a origem desses corpos extremos. A expectativa é que novas gerações de detectores transformem radicalmente a forma como compreendemos os fenômenos mais intensos do universo.

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