Eduardo Bolsonaro afirma que não renunciará ao mandato e critica decisões do STF

Deputado está nos Estados Unidos desde março e disse em live que seguirá no cargo por mais três meses

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou neste domingo, 20 de julho, que não pretende renunciar ao mandato, mesmo estando licenciado desde março e morando nos Estados Unidos, onde alegou estar em razão de perseguição política.

Conforme o Regimento Interno da Câmara dos Deputados, a licença de 120 dias termina hoje, e o parlamentar pode ser cassado por faltas, caso não retorne às atividades no Brasil.

Durante uma live nas redes sociais, Eduardo declarou:
“Eu não vou fazer nenhum tipo de renúncia. Se eu quiser, eu consigo levar meu mandato, pelo menos, até os próximos três meses.”

Eduardo Bolsonaro é investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por ter atuado junto ao governo norte-americano com o objetivo de retaliar ministros da Corte e impedir o andamento da ação penal que trata da tentativa de golpe de Estado em 2022, na qual seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, é réu.

Na transmissão, o deputado voltou a criticar o ministro Alexandre de Moraes e ironizou a suspensão de vistos dos ministros do STF durante o governo Trump. Ele também reagiu à decisão de Moraes, que considerou que Eduardo intensificou suas condutas ilícitas e determinou a inclusão de entrevistas e postagens recentes nas redes sociais no inquérito.

“O cara que se diz ofendido [Moraes], ele pega e junta no processo que ele abriu. O cara que vai me julgar, ele vai ver o que eu faço na rede social. Então, você da Polícia Federal, que está me vendo, um forte abraço. A depender de quem for, está sem visto”, provocou.

O deputado também defendeu a anistia para Jair Bolsonaro e declarou estar “disposto a ir às últimas consequências”.
“Não haverá recuo. Não estou aqui para buscar meio-termo”, afirmou.

Na sexta-feira, 18 de julho, o ex-presidente Jair Bolsonaro foi alvo de operação da Polícia Federal no mesmo inquérito. Por decisão de Moraes, o ex-mandatário teve que usar tornozeleira eletrônica e ficou proibido de sair de casa entre 19h e 6h. As medidas foram motivadas pela alegação da Procuradoria-Geral da República (PGR) de risco de fuga de Bolsonaro, que será julgado pelo STF em setembro.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo