Tragédia em Esteio: justiça mantém presos envolvidos na morte de jovem, bebê e adolescente

Motivação por ciúmes, ocultação de paternidade e participação de adolescentes agravam o caso que chocou a comunidade

A Justiça determinou a prisão preventiva de uma mulher apontada como uma das responsáveis pelas mortes brutais de uma jovem de 18 anos, seu filho de dois meses e um adolescente de 16. Os corpos foram encontrados em um bueiro nas margens do Rio dos Sinos, em Esteio, na Região Metropolitana de Porto Alegre. A decisão judicial também autorizou a quebra de sigilo telefônico e telemático dos principais suspeitos e de dois adolescentes de 15 e 17 anos que teriam ajudado a ocultar os cadáveres. Ambos foram internados provisoriamente por decisão da Vara da Infância e Juventude, diante da gravidade dos atos praticados.

O crime teria sido motivado por ciúmes e medo de exposição, conforme apurado pela Polícia Civil. A jovem assassinada mantinha um relacionamento extraconjugal com o companheiro da acusada, e familiares afirmam que ela escondia a verdadeira paternidade do bebê. De acordo com o relato da mulher, o plano começou com uma suposta reunião para beber vinho. No local, ela atacou a jovem com uma faca, enquanto seu parceiro teria matado o adolescente, amigo do casal, que sabia do relacionamento. A polícia acredita que o rapaz foi morto para silenciar qualquer testemunha sobre a paternidade da criança.

Os corpos foram transportados no carro do homem até o local onde foram escondidos. Vestígios de sangue encontrados no veículo reforçam a versão dada pela mulher em depoimento. A investigação ainda tenta esclarecer as circunstâncias da morte do bebê — se ele foi assassinado ou jogado vivo no bueiro. A brutalidade e a frieza dos atos, mesmo praticados por réus primários, motivaram a manutenção da prisão preventiva, com o objetivo de proteger a ordem pública. A comoção gerada pelo crime abalou a comunidade, que chegou a registrar princípio de incêndio na casa dos envolvidos.

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