Mais de 130 pinguins aparecem mortos em praia de SC

Especialistas alertam para aumento nos encalhes durante a migração e reforçam cuidados da população ao avistar animais debilitados

A paisagem paradisíaca de Jurerê, em Florianópolis, foi marcada por uma cena desoladora nesta quarta-feira (20). Um total de 136 pinguins-de-Magalhães foram encontrados mortos na faixa de areia, já em avançado estado de decomposição. As equipes do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), em parceria com a ONG R3 Animal, realizaram a remoção dos corpos para reduzir riscos de contaminação a banhistas e animais domésticos.

Segundo os técnicos responsáveis, a deterioração dos animais impossibilitou a identificação imediata das causas da morte. Apesar do impacto visual, episódios como este se repetem anualmente no litoral catarinense, já que durante o inverno os pinguins migram da Patagônia em busca de alimento e águas mais quentes. Muitos, especialmente os mais jovens, não resistem às longas jornadas, apresentando sinais de fraqueza, hipotermia ou até afogamento. Interações com redes de pesca também estão entre as causas registradas em anos anteriores.

O levantamento mais recente revela que, desde o início da temporada, mais de 1,1 mil pinguins encalharam em Florianópolis, dos quais apenas 79 foram encontrados com vida e encaminhados ao centro de reabilitação da R3 Animal. A expectativa é que novos registros ocorram até outubro, quando a migração diminui. Para os animais vivos, o atendimento veterinário é crucial antes da tentativa de reintrodução ao habitat natural.

Autoridades ambientais reforçam que a população deve ter cautela ao se deparar com esses animais. Não se deve tentar devolvê-los ao mar, nem colocar gelo sobre seus corpos, além de manter distância para evitar estresse ou acidentes. Em caso de avistamento, o recomendado é acionar o PMP-BS pelos telefones oficiais, disponíveis diariamente das 7h às 17h.

Lab Veranense

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