Operação Extreaming: MPRS consegue bloqueio judicial de conteúdos neonazistas em plataformas digitais

Justiça determina remoção de músicas e vídeos de bandas gaúchas que promovem discurso de ódio; ação envolveu atuação conjunta entre Ministério Público, Brigada Militar e órgãos especializados

O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) deflagrou, na sexta-feira, 22 de agosto, a Operação Extreaming, com o objetivo de combater a atuação de bandas gaúchas que promovem apologia ao crime e disseminação de discurso de ódio por meio de músicas e vídeos em plataformas digitais. As ações judiciais, incluindo bloqueio e remoção de conteúdo, ocorreram nos municípios de Porto Alegre, Canoas e Tramandaí.

Coordenada pela Promotoria de Justiça Especializada Criminal de Porto Alegre, com apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do MPRS, do 1º Batalhão de Polícia de Choque (BPChq) e das Patrulhas Especiais (PATRES) da Brigada Militar, a operação apura práticas de discriminação racial, étnica e religiosa, além de indícios de associação a subculturas violentas e à radicalização de jovens.

Remoção e bloqueio de conteúdos

Além do cumprimento de mandados de busca e apreensão, a Justiça acolheu pedido do MPRS para a remoção de conteúdos ilegais em plataformas como Spotify e YouTube, incluindo o bloqueio de perfis utilizados para a prática criminosa e a restrição de critérios de busca relacionados.

A atuação do MPRS reforça o compromisso com a defesa dos direitos fundamentais, a proteção de crianças e adolescentes e o enfrentamento à intolerância e ao discurso de ódio. A operação também evidencia a importância da cooperação das plataformas digitais na eliminação de conteúdos ilícitos que violam a legislação brasileira.

Nairana Jung

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