Mortes de animais e desvio de doações: operação revela possíveis eutanásias irregulares em Canoas

Ações da polícia apontam possível eutanásia ilegal de centenas de cães e gatos em ONG de proteção animal

Uma investigação conduzida pela Polícia Civil revelou indícios alarmantes de eutanásias irregulares em massa e desvio de recursos destinados ao cuidado de animais em Canoas, na Região Metropolitana. Cerca de 240 cães e gatos teriam sido mortos de forma suspeita, muitos deles resgatados das ruas ou entregues por famílias que esperavam vê-los adotados. O caso envolve uma ex-gestora pública que também comandava uma ONG, sob suspeita de utilizar a entidade para angariar doações desviadas para outros fins.

Durante a operação, batizada de Carrasco, foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão. A polícia encontrou R$ 100 mil em espécie em um dos imóveis ligados à investigada e restos mortais de animais armazenados em sacos dentro de um freezer. Além disso, gatos em situação de maus-tratos foram resgatados, reforçando as denúncias feitas por ativistas. Segundo relatos, até 20 animais por semana estariam sendo sacrificados, número que pode ser maior conforme o cruzamento de dados apreendidos, incluindo registros de microchips e documentos veterinários.

A ofensiva policial é resultado de oito meses de investigação, iniciada após denúncias de defensores da causa animal. A prefeitura da cidade manifestou repúdio às acusações e afirmou colaborar com as autoridades, além de instaurar um processo interno para apurar a conduta da antiga gestora. A ex-servidora, por sua vez, nega qualquer irregularidade e atribui as acusações a disputas políticas.

Cantinho Modas

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