Nova frente de oposição desafia Eduardo Leite na Assembleia do RS

Deputados de direita se organizam em bloco para enfrentar governo e já articulam estratégias para as eleições de 2026

A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul passou a contar com um novo bloco de oposição ao governador Eduardo Leite. Desta vez, o movimento vem da direita, reunindo parlamentares do Novo, Podemos, PL e Republicanos. Sete deputados se uniram para formar um grupo que pretende fazer frente às decisões do Executivo estadual, atuando de forma independente da tradicional oposição de esquerda. A liderança do bloco ficará com Felipe Camozzato (Novo), enquanto o vice será o Capitão Martim (Republicanos).

Com essa nova formação, a oposição a Eduardo Leite agora soma 21 parlamentares dos 55 totais. Além da composição à esquerda, que já contava com 14 membros, o novo bloco amplia a resistência ao governo dentro do Parlamento gaúcho. Mesmo dentro dos partidos que aderiram parcialmente ao grupo, há divergências. O PL, por exemplo, decidiu pela adesão de apenas dois dos seus quatro integrantes, após a saída de Rodrigo Lorenzoni, que migrou para o PP. Já no Republicanos, a divisão é antiga, com três deputados na oposição e dois aliados ao governo, ocupando cargos no Palácio Piratini.

Apesar de alguns dos partidos ainda manterem representantes em secretarias estaduais — como o Podemos na pasta do Turismo e o Republicanos na Habitação —, o bloco de direita afirma que seu compromisso é com os interesses do estado, e não com os projetos pessoais do governador. Camozzato foi direto ao afirmar que a segunda gestão de Leite transformou o governo em “plataforma eleitoral”, motivo que uniu parlamentares que antes até compunham a base. A proposta do grupo é atuar em conjunto, destacando-se da oposição tradicional e apresentando uma pauta própria voltada ao futuro político do RS.

Além da atuação legislativa, o grupo já mira as eleições de 2026. PL e Novo firmaram uma aliança com nomes cotados para disputar o governo e o Senado, enquanto Republicanos e Podemos ainda avaliam suas estratégias. Segundo Paparico Bacchi (PL), o objetivo é consolidar uma voz unificada no Parlamento, criando uma identidade política que aponte caminhos para o próximo pleito estadual.

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