Canetas emagrecedoras nacionais prometem reduzir custos no tratamento de obesidade e diabetes; saiba quanto custam

As primeiras canetas injetáveis de liraglutida produzidas no Brasil já estão nas prateleiras das farmácias. O lançamento foi possível após a queda da patente no fim de 2024, permitindo que a EMS, instalada em Hortolândia (SP), passasse a fabricar as versões nacionais. Batizadas de Olire, indicada para obesidade e sobrepeso, e Lirux, voltada ao diabetes tipo 2, ambas exigem aplicação diária e contam com o mesmo princípio ativo dos produtos estrangeiros.
No quesito preço, as versões nacionais chegaram mais baratas que os concorrentes importados. Enquanto o Lirux custa em média R$ 507 (caixa com duas canetas) e o Olire sai por R$ 760 (três canetas), os similares internacionais Victoza e Saxenda custam aproximadamente R$ 610 e R$ 867, respectivamente. A EMS afirma que pretende reduzir ainda mais os valores à medida que a produção aumente e oferece um programa de fidelidade para pacientes. Só em 2025, a expectativa é produzir 250 mil unidades, com projeção de alcançar 20 milhões por ano no futuro.
O investimento na nacionalização foi de cerca de R$ 1 bilhão, envolvendo a construção de fábrica, contratações e desenvolvimento tecnológico. O diretor-médico da EMS, Iran Gonçalves Jr., destacou que a independência em insumos de saúde se tornou prioridade no país após a pandemia. Além disso, a empresa já se prepara para a produção de medicamentos à base de semaglutida, substância presente em outros tratamentos de alta demanda, como o Ozempic e o WeGovy.