Brasília inaugura biofábrica de mosquitos com tecnologia Wolbachia para combater a dengue

A nova unidade produzirá 6 milhões de mosquitos com a bactéria por semana, beneficiando o Distrito Federal e municípios goianos, em uma das maiores operações do tipo no Brasil

Nesta terça-feira, 09 de setembro, Brasília inaugurou uma biofábrica do método Wolbachia, uma tecnologia inovadora para o combate à dengue, zika e chikungunya. O evento marcou o início da soltura de mosquitos com a bactéria Wolbachia no Distrito Federal e nos municípios goianos de Valparaíso de Goiás e Luziânia.

A tecnologia Wolbachia consiste em inserir a bactéria no mosquito Aedes aegypti, o que impede que o vírus da dengue se desenvolva em seu organismo, reduzindo drasticamente a transmissão da doença. Conforme o secretário de Saúde do Distrito Federal, Juracy Cavalcante Lacerda, o mosquito com a bactéria, apelidado de “Wolbito”, não consegue replicar os vírus, diminuindo a capacidade de transmissão.

A nova unidade, localizada na região administrativa do Guará, é uma das maiores do país e tem capacidade para produzir 6 milhões de mosquitos adultos por semana. O material será distribuído semanalmente em 20 mil potinhos, impactando mais de 750 mil pessoas em dez regiões do Distrito Federal e nos dois municípios goianos.

Estratégia eficiente

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou que, apesar da queda de 75% nos casos de dengue no primeiro semestre de 2025, a vigilância deve continuar. Ele anunciou uma campanha nacional para conscientizar a população e fazer um levantamento de dados, aproveitando o período de menor transmissão.

A técnica Wolbachia já foi implementada em 16 cidades brasileiras. Em julho, Curitiba inaugurou a maior biofábrica do mundo. Em Niterói, no Rio de Janeiro, a estratégia resultou em uma redução de 88% nos casos de dengue. Até o fim do ano, a tecnologia deve ser lançada em Natal (RN), Uberlândia (MG) e Presidente Prudente (SP).

Frassul

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