Polícia encontra possível localização dos corpos dos quatro cobradores desaparecidos no Paraná

A investigação avança com a identificação de dois poços desativados onde estariam os corpos dos homens desaparecidos há mais de 40 dias no distrito de Vila Rica

A força-tarefa composta pela Polícia Civil, Força Nacional de Segurança e equipes de elite da Polícia Militar avançou significativamente na apuração do desaparecimento de quatro homens em Icaraíma. Nesta segunda-feira, 16 de setembro, a polícia confirmou ter localizado dois poços desativados nas proximidades do Porto Jundiá, no distrito de Vila Rica do Ivaí, onde estariam os corpos das vítimas.

Os desaparecidos são Robishley Hirnani de Oliveira (53 anos), Rafael Juliano Marascalchi (43 anos), Diego Henrique Afonso (39 anos) — todos de São José do Rio Preto (SP) — e Alencar Gonçalves de Souza, morador de Icaraíma. Eles sumiram em segunda-feira, 5 de agosto, após saírem para cobrar uma dívida de aproximadamente R$ 250 mil, relacionada à negociação de uma propriedade rural.

O ponto de virada na investigação ocorreu na sexta-feira, 12 de setembro, com a descoberta de uma Fiat Toro enterrada em uma mata fechada, a cerca de 8 a 10 km em uma propriedade rural. No interior do carro, peritos encontraram sangue e marcas de tiros, principalmente na parte frontal, indicando que os ocupantes podem ter sido alvejados em uma emboscada.

Outro elemento decisivo foi uma carta anônima entregue à casa do pai de Alencar, que apontava o sítio, na Estrada Jundiá, na Mata do Tenente, como o local onde os corpos estariam enterrados. A Polícia Ambiental localizou o carro enterrado dias depois, corroborando as informações do bilhete.

Os principais suspeitos, segundo a Polícia Civil, estão foragidos desde agosto. A suspeita é que um deles teria contratado os outros três homens para cobrar a dívida, e todos teriam sido vítimas de uma armadilha.

As buscas seguem intensas na região, com uso de helicópteros, cães farejadores, equipes de mergulho e análise de vestígios periciais. A Polícia acredita que os corpos possam ser encontrados ainda hoje, o que pode confirmar o crime de homicídio qualificado.

A pressão popular e o clamor por justiça aumentam a cada dia. Familiares oferecem uma recompensa de R$ 80 mil por informações que levem à elucidação do caso. Enquanto isso, a polícia trabalha com cautela para confirmar os indícios, responsabilizar os autores e oferecer respostas à sociedade.

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