Massacre transmitido ao vivo choca a Argentina e expõe crueldade do narcotráfico
Três jovens foram brutalmente assassinadas em Florêncio Varela, na Grande Buenos Aires, em um crime transmitido ao vivo no Instagram para cerca de 45 membros de uma facção criminosa. As vítimas foram identificadas como Morena Verri (20 anos), Brenda Del Castillo (20) e Lara Morena Gutiérrez (15). A transmissão mostrou cenas de tortura, incluindo amputações e agressões extremas, antes de os corpos serem enterrados no quintal de uma residência ligada ao tráfico de drogas.
De acordo com as investigações, as jovens foram atraídas por um convite falso para uma festa, onde receberiam dinheiro para comparecer. A emboscada teria sido planejada por integrantes de uma facção chefiada por um criminoso conhecido como “Pequeno J” ou Julito, que as acusava de roubo de drogas ou de dinheiro da organização. O objetivo, segundo a polícia, era dar um recado de disciplina interna e consolidar o poder da quadrilha na região metropolitana de Buenos Aires.
A polícia prendeu os donos da casa onde ocorreu o crime e mais dez pessoas ligadas ao grupo. As autoridades ainda investigam a possível participação direta do líder da facção. Enquanto isso, familiares e amigos das vítimas vivem o luto. O avô de Brenda e Morena relatou o desespero da família, enquanto a mãe de Brenda exigiu justiça e punição exemplar. O caso causou enorme comoção social, especialmente pelo nível de crueldade e pela exibição pública da barbárie.
Nas ruas, a indignação se transformou em protestos. Milhares marcharam pelo centro de Buenos Aires com o lema: “não há vítimas boas ou ruins, há feminicídios. Nenhuma vida é descartável”. Organizações sociais e políticas exigem respostas rápidas do governo e segurança para mulheres em comunidades dominadas pelo narcotráfico. O crime é tratado como um marco de violência extrema que expõe a escalada de brutalidade das facções na Argentina.
