Grande São Paulo tem 3ª morte por suspeita de intoxicação por metanol em bebidas

A Grande São Paulo enfrenta um preocupante surto de intoxicação por bebidas supostamente contaminadas com metanol, com três mortes registradas em menos de duas semanas. O caso mais recente ocorreu em São Bernardo do Campo, onde um homem de 45 anos morreu no sábado (27), após ser internado em um hospital particular. No mesmo município, uma segunda vítima já havia falecido no dia 24 de setembro. A terceira morte foi registrada na capital, em um caso que também levanta suspeita de envenenamento por álcool adulterado.

Em São Paulo, a prefeitura informou que o Centro de Controle de Intoxicações (CCI-SP) está atuando de forma preventiva, com profissionais treinados para identificar sintomas típicos de intoxicação por metanol, o que permite intervenções médicas mais rápidas e a notificação imediata de novos casos suspeitos. O caso fatal na capital paulista envolveu um homem de 54 anos, morador da região da Mooca, que morreu em 15 de setembro após consumir bebida suspeita.

A Secretaria Municipal de Saúde acompanha a situação por meio da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa), que intensificou o monitoramento diante da elevação no número de casos suspeitos. Ao todo, 14 ocorrências de possível intoxicação por metanol foram notificadas em 2025, todas relacionadas ao consumo de álcool possivelmente falsificado ou adulterado.

Enquanto o Instituto Médico Legal (IML) de São Bernardo do Campo ainda investiga se há confirmação laboratorial da presença de metanol nos corpos das vítimas, as autoridades de saúde reforçam o alerta à população sobre os riscos do consumo de bebidas de procedência duvidosa. A recomendação é que os consumidores redobrem a atenção com rótulos, embalagens e locais de compra, já que o metanol é uma substância extremamente tóxica, capaz de causar cegueira, falência de órgãos e morte.