Vodca russa é usada como antídoto e salva homem intoxicado por metanol em São Paulo

Sem o medicamento adequado, médicos recorreram a destilado puro para bloquear os efeitos tóxicos e evitar a morte do paciente

Um comerciante de 55 anos sobreviveu a uma intoxicação grave por metanol após receber um tratamento inusitado com vodca russa administrada no hospital. Internado em estado crítico depois de consumir uma bebida adulterada, Cláudio Crespi só teve chances de sobreviver porque a equipe médica, sem acesso ao antídoto específico — o fomepizol —, recorreu ao etanol do destilado para conter a ação do veneno. Seguindo orientação do Centro de Assistência Toxicológica (Ceatox), os médicos pediram à família uma bebida alcoólica pura. A sobrinha do paciente, Camila Crespi, levou uma garrafa de vodca com 40% de teor alcoólico, que foi usada durante quatro dias e ajudou a estabilizá-lo.

Após dias em coma e considerado sem chances de recuperação, Cláudio reagiu ao tratamento e recebeu alta neste domingo (12), ainda com sequelas que limitaram sua visão a 10%. O hepatologista Rogério Alves, da Sociedade Brasileira de Hepatologia, explicou que o etanol impede que o corpo transforme o metanol em substâncias tóxicas, funcionando como um antídoto de emergência. O caso chamou atenção por mostrar que o conhecimento médico e a improvisação controlada podem salvar vidas, além de reforçar o alerta sobre os riscos de bebidas adulteradas e a necessidade de maior fiscalização no comércio de destilados.

Com informações do Portal G1 RS.

Lab Veranense

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo