Cometa 3I/ATLAS desafia cientistas e é monitorado pela NASA

Objeto interestelar, o terceiro já detectado, apresenta composição incomum e comportamento atípico, intensificando debate sobre sua origem

O cometa 3I/ATLAS, identificado em julho de 2025, emergiu como um tema de intenso debate entre agências espaciais e astrônomos devido às suas propriedades atípicas. Diferentemente dos cometas tradicionais, o objeto interestelar não exibe a cauda característica, emite luz incomum e segue uma trajetória irregular, levando-o a ser monitorado pela NASA e por centros de pesquisa internacionais. O corpo celeste foi inicialmente detectado no dia primeiro de julho por astrônomos que operavam o telescópio ATLAS, no Chile, e sua aproximação com Marte, em sexta-feira, 3 de outubro, permitiu observações adicionais feitas por sondas orbitais.

As análises mais recentes da composição do 3I/ATLAS indicam uma proporção anormalmente alta de dióxido de carbono, além de pequenas quantidades de água congelada, monóxido de carbono e outros gases. Embora a emissão de cianeto e vapor de níquel seja semelhante à de cometas do Sistema Solar, sua origem interestelar o diferencia: este é apenas o terceiro visitante desse tipo já registrado. Estimativas sugerem que o cometa pode ser até três bilhões de anos mais velho que o próprio Sistema Solar. A Agência Espacial Europeia (ESA) e a NASA mobilizaram observatórios terrestres e telescópios espaciais como o Hubble e o James Webb para estudar o objeto.

Apesar de a NASA tratar o 3I/ATLAS oficialmente como um cometa natural com “propriedades incomuns, mas naturais”, parte da comunidade científica considera que seu comportamento, especialmente o padrão de aceleração e a ausência de cauda, indica que ele não se enquadra nos parâmetros conhecidos. Pesquisadores como o professor Avi Loeb, de Harvard, sugerem a hipótese de um possível artefato artificial – uma teoria não reconhecida oficialmente. A aproximação prevista para sexta-feira, 19 de dezembro, quando o cometa estará mais próximo da Terra, deve fornecer dados cruciais para definir se o objeto reforça o modelo clássico ou abre uma nova fronteira científica.

Alfy

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