Detentos ajudam na reconstrução de escolas e Apae no Paraná após tornado

Programa Mãos Amigas mobiliza presos do regime semiaberto para recuperar estruturas educacionais destruídas, com foco na reinserção social e na retomada das aulas.

O governo do Paraná iniciou, nesta segunda-feira, 10 de novembro, a reconstrução de escolas, creches e da Apae de Rio Bonito do Iguaçu utilizando mão de obra carcerária. As estruturas foram devastadas por um tornado que atingiu a região, e a ação faz parte de uma parceria entre as secretarias estaduais da Segurança Pública e da Educação, com o objetivo de acelerar a recuperação do município.

Inicialmente, 14 pessoas privadas de liberdade das unidades de Guarapuava e Laranjeiras do Sul já estão em atuação, acompanhadas por monitores da Polícia Penal, realizando remoção de entulhos e limpeza. Os detentos fazem parte do programa Mãos Amigas, que promove reinserção social por meio de serviços de manutenção e reparos em unidades escolares da rede estadual.

O programa é voltado a presos do regime semiaberto, com bom comportamento e penas por crimes de baixa periculosidade. A cada três dias de trabalho, os participantes têm um dia de redução de pena. A expectativa é que o número de detentos envolvidos chegue a 30, com a inclusão de mais 16 da regional de Cascavel, ampliando o ritmo das obras para garantir o retorno das crianças e adolescentes às aulas.

Neste momento, o foco das ações está na limpeza do Colégio Estadual Ludovica Safraider, um dos mais afetados pelo tornado, cujo ginásio foi totalmente destruído. Além da mão de obra carcerária, o governo estadual destinou R$ 50 mil ao Colégio Estadual Ireno Alves dos Santos e R$ 25 mil ao Ludovica Safraider, por meio do Fundo Rotativo, para ações emergenciais de recuperação.

Engenheiros e técnicos já trabalham no levantamento dos danos, que servirá de base para a contratação emergencial das obras assim que a fase de limpeza for concluída.