Cidadania italiana pode ficar mais lenta a partir de 2026 com novas regras

Aqueles que planejam dar entrada no processo de cidadania italiana devem se antecipar às mudanças previstas para 2026, sob o risco de enfrentarem anos de espera. O Projeto de Lei n.º 2369, atualmente em análise no Parlamento italiano, prevê a centralização de todos os pedidos em um único órgão na cidade de Roma, o que, segundo especialistas, pode causar engarrafamento nos processos administrativos e judiciais. A alteração busca dar mais controle ao Estado, mas pode resultar no efeito oposto: ainda mais lentidão nas análises.

Hoje, muitos brasileiros recorrem à cidadania italiana para estudar, trabalhar ou buscar uma melhor qualidade de vida, o que já sobrecarrega consulados e comuni italianos, especialmente em países como Brasil e Argentina. A possível centralização deve afetar diretamente a via judicial, considerada a mais eficiente atualmente. Com a demanda crescente, a espera pode se tornar ainda mais longa, mesmo com o objetivo declarado de aliviar os tribunais locais. Especialistas como Rafael Gianesini, da empresa Cidadania4U, alertam que entrar com o processo antes das mudanças pode ser a melhor forma de evitar esse gargalo.

Além da centralização, há outras incertezas no ar: o chamado Decreto Tajani, transformado na Lei n.º 72/2025, provocou paralisações e dúvidas sobre a constitucionalidade de novas regras, o que deve ser decidido apenas em março de 2026. Enquanto isso, a recomendação é clara: ter a documentação completa, revisada e atualizada é fundamental. Tribunais na Itália já chegaram a multar requerentes por erros ou omissões. Com o aumento da complexidade, empresas especializadas e ferramentas tecnológicas, como as desenvolvidas pela Cidadania4U, vêm sendo usadas para evitar falhas e dar transparência ao processo, reforçando a importância de se preparar antes que as mudanças entrem em vigor.