Carlos Bolsonaro critica veto à visita no aniversário e diz que pai vive “torturas silenciosas”
Vereador lamenta decisão do STF que manteve restrições a visitas e afirma que família enfrenta sofrimento diário com prisão de Jair Bolsonaro

O vereador Carlos Bolsonaro usou as redes sociais para desabafar sobre a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que negou seu pedido de visita ao pai, Jair Bolsonaro, no domingo, dia de seu aniversário. A visita estava previamente autorizada para esta quinta-feira (4), mas Carlos solicitou a troca da data, o que foi recusado por não respeitar as regras de visitação estabelecidas para a custódia do ex-presidente, que está preso na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília.
Carlos classificou a negativa como “crueldade” e “perversidade”, dizendo que a situação imposta ao pai representa uma forma de tortura psicológica. Em sua publicação, também mencionou outros familiares afetados: o irmão Eduardo Bolsonaro, que está nos Estados Unidos e se considera exilado político; a esposa dele e o filho do casal; além de Laura, filha adolescente de Bolsonaro, que segundo Carlos, “é forçada a ver o pai atrás das grades por crimes que não cometeu”. O desabafo aponta para um clima de sofrimento familiar diante da condenação do ex-presidente.
Jair Bolsonaro cumpre pena por cinco crimes ligados à tentativa de golpe de Estado, entre eles deterioração de patrimônio público, organização criminosa armada e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito. Segundo o STF, as visitas devem ocorrer apenas às terças e quintas-feiras, com duração de 30 minutos e limite de dois familiares por dia, respeitando protocolos de segurança. Moraes reforçou que, por estar sob pena privativa de liberdade, Bolsonaro não pode escolher dias ou horários de visitas.






