Condenados por brutalidade: mãe e padrasto pegam mais de 40 anos de prisão por morte de menino de 3 anos no RS
Criança foi espancada até a morte após chorar durante troca de fraldas; Justiça considerou o crime como homicídio qualificado por motivo fútil e tortura

A Justiça do Rio Grande do Sul determinou a condenação da mãe e do padrasto de um menino de três anos que morreu após ser violentamente agredido em Taquari, na Região dos Vales. O crime, ocorrido em fevereiro de 2022, resultou em penas severas: o homem foi sentenciado a 28 anos de reclusão por homicídio qualificado e a mãe, a 18 anos e 8 meses, também por homicídio com agravantes. Ambos ainda receberam penas adicionais por lesão corporal. As identidades dos condenados não foram divulgadas.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, o padrasto, então com 25 anos, se irritou com o choro da criança durante a troca de fraldas e reagiu de forma brutal: primeiro deu um tapa na cabeça do menino, depois o arremessou contra a parede e, por fim, desferiu um chute em seu abdômen. O laudo do Instituto Médico Legal confirmou que a criança morreu por hemorragia decorrente de traumatismo craniano.
A mãe, com 26 anos na época, foi responsabilizada por conivência. O MP apontou que, mesmo ciente das agressões que o filho sofria, ela nada fez para protegê-lo, demonstrando total omissão diante da violência. Após as agressões fatais, ela foi chamada pelo companheiro para socorrer o menino, que já chegou sem vida ao hospital.
As investigações também revelaram que essa não foi a primeira vez que o menino foi agredido. Testemunhas e laudos indicaram que, dias antes da morte, a criança já vinha sofrendo punições físicas como tapas e golpes com vara de madeira. O padrasto foi condenado também por lesão corporal, com pena de 6 meses e 24 dias em regime semiaberto. Já a mãe recebeu 4 meses e 20 dias de pena adicional em regime aberto pelo mesmo crime.