Locais das 130 estações hidrometeorológicas começam a ser definidos no Rio Grande do Sul
Microlocalização das estações inicia em Marau, na bacia do Taquari, com foco em ampliar a resposta a eventos climáticos extremos

O processo de definição dos locais para instalação das 130 estações hidrometeorológicas no Rio Grande do Sul entrou em uma nova fase na segunda-feira, 23 de junho. A etapa operacional contempla a contratação de empresa especializada para a implantação e operação dos equipamentos na modalidade nowcasting de missão crítica, essencial para o monitoramento em tempo real de eventos extremos.
O serviço inclui a instalação de estações hidrológicas, com sensores de nível de rio e precipitação, e de 17 estações meteorológicas, que medem velocidade e direção do vento, umidade, pressão atmosférica, temperatura e precipitação. A empresa MKS Desenvolvimento de Sistemas, vencedora da licitação, deu início ao trabalho em Marau, município localizado na nascente de um importante rio da bacia do Taquari, região severamente afetada por inundações recentes.
A atividade conta com o acompanhamento da 2ª Coordenadoria Regional de Proteção e Defesa Civil, sediada em Passo Fundo, e da Defesa Civil municipal de Marau. Após a mobilização, elaboração do plano de trabalho e mapeamento geral, a segunda fase do processo — chamada de microlocalização — visa definir os pontos exatos para posicionamento das estações.
O projeto, iniciado em setembro de 2024, representa um avanço na capacidade de resposta do estado a desastres naturais. O objetivo é otimizar a gestão de riscos e a alocação de recursos, permitindo a adoção de medidas preventivas em tempo hábil e garantindo maior proteção à população.
De acordo com o coordenador estadual de Proteção e Defesa Civil, coronel Luciano Boeira, a iniciativa reforça o compromisso do estado com a segurança e o bem-estar dos cidadãos. “Ao investir na criação e fortalecimento dessa rede de monitoramento e alerta, o RS demonstra comprometimento com a segurança, o bem-estar e o futuro de seus cidadãos”, destacou.
A ação integra o eixo de infraestrutura da Política Estadual de Gestão Integrada de Riscos e Desastres e está alinhada ao Plano Rio Grande, programa liderado pelo governador Eduardo Leite para reconstrução e fortalecimento do estado frente aos desafios climáticos.