Moraes vota por condenar homem que furtou bola autografada por Neymar durante atos golpistas

Ministro do STF defende pena de 17 anos e pagamento de R$ 30 milhões por danos causados à Câmara dos Deputados

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta sexta-feira, 20 de junho, pela condenação de Nelson Ribeiro Fonseca Júnior a 17 anos de prisão por envolvimento nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. O réu foi acusado de invadir o Congresso Nacional e furtar uma bola autografada por Neymar, item que estava exposto no museu da Câmara dos Deputados.

Segundo o voto de Moraes, proferido no julgamento virtual da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), Nelson confessou ter levado a bola, bem pertencente ao patrimônio público da União. O ministro afirmou que o arrependimento posterior não exclui a responsabilidade penal.

O acusado se apresentou à Polícia Federal em Sorocaba (SP) no dia 28 de janeiro de 2023 e devolveu o objeto. Em depoimento, alegou que teria encontrado a bola no chão e a pegado com a intenção de devolvê-la depois.

Além da pena de prisão, Moraes determinou que Nelson deverá pagar R$ 30 milhões pelos danos causados durante a invasão, valor que será dividido solidariamente com outros condenados pelos ataques.

A condenação inclui os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado, deterioração do patrimônio tombado, associação criminosa e furto qualificado.

A votação acontece no plenário virtual da Primeira Turma do STF e segue aberta até a segunda-feira, 30 de junho. Ainda faltam os votos dos ministros Flávio Dino, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Cristiano Zanin.

A defesa de Nelson Ribeiro pediu a absolvição do réu, alegando ausência de ampla defesa e contraditório, além de questionar a competência legal do STF para julgar o caso.

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