Morte de Preta Gil comove o Brasil e gera onda de homenagens nas redes sociais

Artista estava nos Estados Unidos em tratamento contra o câncer e morreu no domingo; autoridades e personalidades destacam sua coragem, autenticidade e legado cultural

O corpo da cantora Preta Gil, que morreu no domingo, 20 de julho, aos 50 anos, nos Estados Unidos, será trazido ao Brasil para as cerimônias de despedida. No entanto, a família ainda não divulgou local, data nem se o velório será aberto ao público.

Preta estava em solo norte-americano desde maio, onde realizava um tratamento experimental contra o câncer. A artista morava e nasceu no Rio de Janeiro. Como forma de reconhecimento, a prefeitura e o governo do estado decretaram luto oficial de três dias.

Diagnosticada com câncer no intestino em 2023, Preta chegou a entrar em remissão após cirurgias e tratamentos, mas em 2024 a doença retornou em outras partes do corpo. Ela era filha do cantor Gilberto Gil com Sandra Gadelha, e deixa o filho Francisco Gil e a neta Sol de Maria.

Ao longo de sua carreira, lançou quatro álbuns de estúdio, sendo o último, Todas as Cores, em 2017, além de dois CDs e DVDs ao vivo. Um de seus maiores feitos foi a criação do Bloco da Preta, tradicional bloco de carnaval de rua do Rio de Janeiro, que chegou a reunir cerca de 500 mil foliões. Preta também era sócia da Mynd, uma das maiores agências de marketing digital do país.

Despedidas emocionadas
Após a confirmação da morte, amigos, fãs e autoridades lotaram as redes sociais com homenagens. A apresentadora e chef Bela Gil publicou uma foto da infância com a irmã, escrevendo: “Minha maior grande perda. Minha eterna inspiração e alegria”.

A atriz Carolina Dieckmann, que acompanhou os últimos dias de Preta nos EUA, escreveu: “Estar tão perto, com você… foi o maior presente do mundo. (…) Vai ser muito difícil, mas é uma bênção o tempo que tivemos.”

O apresentador Luciano Huck lembrou da luta da cantora: “A Preta foi a Preta até o fim. Forte, generosa, luminosa. Fomos Amigos — com A maiúsculo — por mais de 25 anos.”

A atriz Zezé Motta ressaltou: “Ver essa pessoa enfrentar a vida com coragem, lutar até o fim contra um câncer com dignidade e bravura, nos deixa uma grande lição sobre força diante das adversidades.”

Autoridades também se pronunciam
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou: “Preta seguiu espalhando a alegria de viver mesmo nos momentos mais difíceis. Era extremamente querida e admirada. Os palcos e carnavais que ela tanto animou sentirão sua falta.”

A ministra da Cultura, Margareth Menezes, que conheceu Preta ainda na adolescência, a descreveu como “uma das artistas de personalidade mais amada e autêntica do país”.

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, destacou: “Preta Gil foi e sempre será potência. Enfrentou o racismo, o machismo, a gordofobia e a doença sem nunca perder sua ternura, nem sua voz.”

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, lamentou a perda e recebeu sugestões para homenagear a cantora com seu nome em algum espaço da cidade.

Preta Gil deixa um legado de arte, afeto, coragem e autenticidade, marcando gerações com sua música, posicionamentos e presença vibrante na cultura brasileira.

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