EUA cancelam vistos da esposa e da filha do ministro Alexandre Padilha

Estados Unidos revogam documentos de familiares e ex-assessores ligados ao programa Mais Médicos

Os Estados Unidos cancelaram, nesta sexta-feira, 15 de agosto, os vistos da esposa e da filha de 10 anos do ministro da Saúde, Alexandre Padilha. O próprio ministro está com o visto vencido desde 2024, não sendo possível o cancelamento.

Nesta semana, o Departamento de Estado norte-americano também revogou os vistos de Mozart Julio Tabosa Sales, secretário de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, e Alberto Kleiman, ex-assessor de Relações Internacionais da pasta e atual coordenador-geral para a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30).

Segundo o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, esses servidores teriam colaborado para um “esquema de exportação de trabalho forçado do regime cubano” por meio do Mais Médicos.

Padilha, que já chefiava o Ministério da Saúde na criação do programa em 2013, durante o governo Dilma Rousseff, defendeu a iniciativa, afirmando que ela “sobreviverá aos ataques injustificáveis de quem quer que seja”. O programa foi criado para atender regiões remotas e carentes de profissionais de saúde, contando com médicos cubanos até 2018, por meio de parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).

O bloqueio econômico imposto pelos EUA a Cuba já dura mais de seis décadas, e a exportação de médicos é uma das principais fontes de recursos para o país. Desde os anos 1960, 605 mil médicos cubanos atuaram em 165 nações, incluindo Portugal, Ucrânia, Rússia, Espanha, Argélia e Chile.

No Brasil, durante o governo Jair Bolsonaro, o programa foi rebatizado como Médicos pelo Brasil e encerrou a cooperação com a Opas. Em 2023, no governo Luiz Inácio Lula da Silva, foi reformulado e ampliado, retomando o nome Mais Médicos e abrindo vagas para profissionais brasileiros e de outras áreas da saúde, como dentistas, enfermeiros e assistentes sociais.

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