Governo Estadual lança Programa Família Gaúcha para reduzir vulnerabilidades sociais após eventos meteorológicos no Rio Grande do Sul
Famílias receberão acompanhamento personalizado para emancipação social

O governador Eduardo Leite lançou, nesta quinta-feira (18/9), o Programa Família Gaúcha, uma iniciativa voltada para reduzir as vulnerabilidades das famílias em situação de pobreza e extrema pobreza. A proposta é acompanhar periodicamente mais de 10 mil famílias por meio de uma estrutura intersetorial com o intuito de promover a emancipação social.
O programa integra o Plano Rio Grande, liderado pelo governador Eduardo Leite, é um programa de Estado criado para proteger a população, reconstruir o Rio Grande do Sul e torná-lo ainda mais forte e resiliente, preparado para o futuro.
“Com essa iniciativa, vamos além de ações imediatas ou pontuais, atuando de forma consistente e multisetorial no enfrentamento da pobreza e na construção da autonomia dessas famílias. O Estado deve ser uma alavanca que amplia o acesso a direitos, fortalece a inclusão socioprodutiva e abre oportunidades que geram qualidade de vida e justiça social, sem deixar ninguém para trás. Isso é o que buscamos com o programa Família Gaúcha”, disse o governador.

O Família Gaúcha
O Programa Família Gaúcha nasce na Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) com o compromisso de reconstruir trajetórias de vida – especialmente daquelas famílias que enfrentam maiores situações de vulnerabilidade. Nesse processo, o agente de desenvolvimento da família (ADF) assume um papel central: trata-se de um profissional capacitado, que atua em conjunto com as equipes técnicas dos municípios, coordenando esforços e mobilizando recursos para que cada família possa identificar caminhos possíveis para enfrentar suas vulnerabilidades sociais e ampliar suas oportunidades.
O trabalho do ADF não se limita a respostas imediatas: ele se orienta por um acompanhamento contínuo, próximo e humanizado, que promove o fortalecimento da autonomia e amplia o acesso a direitos, com especial atenção para a inclusão socioprodutiva. A ação contará com mais de 300 ADFs.

Autonomia para as famílias
O secretário de Desenvolvimento Social, Beto Fantinel, destaca o apoio do programa para as famílias. “É muito bom inaugurar pontes, mas é ainda melhor inaugurar pessoas. Esta frase do governador Eduardo Leite traduz o espírito do que estamos idealizando. O Família Gaúcha tem como foco fortalecer a autonomia das famílias, apoiando-as no acesso a políticas públicas e criando oportunidades de inclusão produtiva. Cada família terá o acompanhamento de um Agente de Desenvolvimento, que vai orientar e planejar, junto com elas, caminhos para superar o ciclo da pobreza e construir uma trajetória de emancipação social”, afirmou.
Critérios
Com um investimento de mais de R$ 120 milhões do Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs), a iniciativa será implementada em 92 municípios atingidos pelos eventos climáticos de 2024. Participantes do Programa RS Seguro e que estão dentro dos critérios do Índice de Vulnerabilidade das Famílias do Rio Grande do Sul (IVF/RS) foram priorizados. O programa envolverá mais de 170 Centros de Referência de Assistência Social (Cras).
O economista e professor do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper), Ricardo Paes de Barros, defensor das políticas de combate à pobreza e à desigualdade destacou a importância da iniciativa gaúcha. “O Rio Grande do Sul assume mais uma vez a vanguarda na implementação de políticas públicas no Brasil. O Programa Família Gaúcha é de uma vertente moderna que, em vez de pressupor o que as pessoas precisam, ele tem um contato profundo com as famílias e identifica aquilo o que elas mais necessitam”, declarou em vídeo exibido no evento de lançamento do programa.
Parcerias
No ato de lançamento do Programa, foram assinados os termos de adesão pelos municípios participantes e de parceria com o Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) responsável pela contratação e qualificação dos ADFs.
Também foi celebrado um termo de cooperação entre o Estado e a Defensoria Pública do Estado, que estabelece um canal para assistência direta e prioritária às famílias atendidas pelo Programa Família Gaúcha.
Cenário
De acordo com dados do Cadastro Único (CadÚnico), o Estado tem atualmente cerca de 610 mil famílias vivendo em situação de pobreza e extrema pobreza, com renda per capita até R$ 218 mensais. O cenário evidencia a necessidade de políticas públicas eficazes para reduzir desigualdades sociais.

Como o programa irá funcionar
Cada família será acompanhada por um ADF, que atuará diretamente nas famílias selecionadas com base no IVF/RS. Cada agente será responsável por acompanhar 32 famílias, elaborando junto ao Comitê Local Intersetorial os Planos de Autonomia de cada família, a fim de mitigar as vulnerabilidades.
Para realização do acompanhamento e monitoramento de toda execução do programa, será utilizado um sistema próprio do governo, desenvolvido pela Sedes em parceria com a Subsecretaria de Governança e Estratégia de TIC e Digital (STI), da Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG). O Sistema do Programa Família Gaúcha permite a padronização do preenchimento das informações captadas pelos agentes e o histórico de evolução das famílias.
Metodologia
O Programa Família Gaúcha foi desenvolvido pela equipe técnica da Sedes, com a participação de consultores da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), e combina estratégias já utilizadas com sucesso em outros Estados e países, além de inovações metodológicas.
A aposta é na articulação entre diferentes esferas de governo e organizações sociais, em comitês locais, municipais e estadual, para enfrentar de forma integrada as múltiplas vulnerabilidades impostas pela pobreza em áreas como assistência social, saúde e educação. A emancipação será reconhecida para as famílias que atenderem a um mínimo de 11 dos 15 subcritérios pré-definidos pelo programa.
As famílias receberão uma ferramenta semelhante a um tabuleiro lúdico, que será preenchido com o ADF nas visitas realizadas. O objetivo é permitir que elas consigam acompanhar seu progresso e entender o processo de emancipação do programa.
Transferência de renda
É previsto pelo governo, mediante aprovação de lei, uma transferência de renda, por meio do Cartão Cidadão, de R$ 200 reais por unidade familiar, acrescida de R$ 50 para as que tiverem crianças na primeira infância (0 a 6 anos).

Lista de municípios participantes
- Agudo
 - Alegrete
 - Alegria
 - Alvorada
 - Arambaré
 - Arroio do Meio
 - Arroio do Tigre
 - Arroio dos Ratos
 - Bagé
 - Barão do Triunfo
 - Bom Retiro do Sul
 - Boqueirão do Leão
 - Cachoeira do Sul
 - Camaquã
 - Campo Bom
 - Candelária
 - Canoas
 - Capela de Santana
 - Cerrito
 - Cerro Branco
 - Charqueadas
 - Cruz Alta
 - Cruzeiro do Sul
 - Dezesseis de Novembro
 - Dona Francisca
 - Eldorado do Sul
 - Encantado
 - Engenho Velho
 - Erechim
 - Esperança do Sul
 - Esteio
 - Estrela
 - Estrela Velha
 - Faxinal do Soturno
 - Feliz
 - Fontoura Xavier
 - General Câmara
 - Gravataí
 - Guaíba
 - Horizontina
 - Ibarama
 - Igrejinha
 - Ijuí
 - Iraí
 - Itaara
 - Jaguari
 - Lagoão
 - Maçambará
 - Montenegro
 - Muitos Capões
 - Nova Palma
 - Nova Santa Rita
 - Novo Hamburgo
 - Palmares do Sul
 - Paraíso do Sul
 - Parobé
 - Passo do Sobrado
 - Pelotas
 - Pinhal Grande
 - Porto Alegre
 - Quevedos
 - Restinga Seca
 - Rio Grande
 - Rio Pardo
 - Roca Sales
 - Rolante
 - Santa Cruz do Sul
 - Santa Maria
 - Santa Rosa
 - Santana do Livramento
 - São Borja
 - São Gabriel
 - São Jerônimo
 - São José do Norte
 - São Leopoldo
 - São Martinho da Serra
 - São Nicolau
 - São Sebastião do Caí
 - Sapiranga
 - Sapucaia do Sul
 - Segredo
 - Tabaí
 - Taquara
 - Três Coroas
 - Três Forquilhas
 - Triunfo
 - Uruguaiana
 - Vale Verde
 - Vera Cruz
 - Veranópolis
 - Viamão
 - Vila Nova do Sul
 







