Após assassinato de educador, Guarda apreende facas e machadinha em abrigo de Caxias do Sul

Poucos dias depois da morte de um educador social em Caxias do Sul, a Guarda Municipal realizou uma operação preventiva em uma casa de passagem no bairro Cinquentenário. A ação foi motivada por denúncias sobre comportamentos agressivos entre os acolhidos e resultou na apreensão de facas, estiletes, canivetes e uma machadinha. O objetivo da vistoria foi garantir a integridade de funcionários e usuários do local. Não houve resistência durante a operação, e todo o material recolhido foi encaminhado para análise.

O episódio intensificou os alertas sobre a vulnerabilidade dos trabalhadores do setor. O Sindicato dos Empregados em Entidades de Assistência Social denunciou a falta de câmeras de segurança, o acesso irrestrito à cozinha e a escassez de profissionais por turno, especialmente na Casa NÓS, onde cerca de 50 pessoas são atendidas com apenas três educadores por período. A entidade responsabiliza o poder público por omissões que colocam em risco a segurança dos servidores e cobra medidas urgentes para evitar novos episódios de violência.

A discussão sobre segurança se ampliou com a tramitação de um projeto de lei que propõe a internação involuntária de dependentes químicos em situação de rua. A proposta, apresentada na Câmara de Vereadores, divide opiniões: enquanto alguns enxergam uma solução, profissionais da assistência defendem investimentos em estrutura e equipes qualificadas como prioridade. A sequência de ocorrências reforça a urgência de repensar as políticas de acolhimento e proteção social em Caxias do Sul.

Sindilojas

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