Black Friday deve movimentar R$ 5,4 bilhões no comércio, projeta CNC

Fatores como desvalorização do dólar e crescimento do emprego influenciam recorde; endividamento e juros altos limitam crescimento maior.

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) projeta que a Black Friday deste ano, com a data marcante na próxima sexta-feira, 28 de novembro, deve gerar um volume recorde de R$ 5,4 bilhões no comércio do país. A estimativa representa um crescimento real de 2,4% em comparação com o ano passado (R$ 5,27 bilhões), já descontada a inflação. O economista-chefe da CNC, Fabio Bentes, explicou que a pesquisa considera o impacto das vendas ao longo de todo o mês de novembro, característica da Black Friday no Brasil.

O crescimento do volume de vendas é atribuído, em parte, à melhoria de indicadores econômicos, como a desvalorização do dólar, o arrefecimento da inflação e o crescimento do emprego e da renda média do trabalhador. A taxa de desemprego no país, por exemplo, atingiu 5,6% no trimestre encerrado em setembro, o nível mais baixo da série histórica do IBGE. Entre os setores que devem registrar as maiores vendas estão hiper e supermercados (R$ 1,32 bilhão), e eletroeletrônicos e utilidades domésticas (R$ 1,24 bilhão).

Contudo, a CNC aponta que o nível elevado dos juros e o alto patamar de famílias endividadas são fatores que impedem um crescimento ainda maior nas vendas. A taxa média de juros das operações de créditos livres para pessoas físicas atingiu 58,3% ao ano, o maior nível para esta época desde 2017. A entidade cita ainda a concorrência com o setor externo e o alto índice de 30,5% de famílias com contas em atraso. O levantamento de preços da CNC indicou que as categorias com maior potencial de desconto incluem Papelaria (10,14%), Livros (9,02%) e Joias e Bijuterias (9,01%).

Butterfly

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