Clientes perdem acesso a streaming pirata após operação internacional e culpam provedores de internet

Uma operação internacional derrubou mais de 30 serviços de TV pirata na América Latina, incluindo plataformas populares como My Family Cinema e Eppi Cinema, deixando milhões de usuários sem acesso ao conteúdo ilegal. A ação foi liderada pela Justiça da Argentina com apoio da Alianza, e o Brasil foi o país mais afetado, segundo a Anatel. O Ministério da Justiça brasileiro reforçou a importância do combate à pirataria digital e alertou sobre os riscos do uso de dispositivos ilegais. Com o bloqueio, diversos usuários passaram a procurar os provedores de internet, acreditando que o problema era técnico ou relacionado à qualidade do serviço contratado.

Raquel Schwanbach, vice-presidente da Associação Brasileira de Provedores de Internet, esclareceu que os provedores estão sendo injustamente responsabilizados. Ela destacou que a Anatel já vinha determinando o bloqueio de sites irregulares há mais de um ano, mas os operadores clandestinos rapidamente migravam para novos endereços, dificultando a eficácia das ações. Com a operação recente, os serviços ilegais foram retirados do ar em dois domingos seguidos, e as investigações seguem em sigilo para identificar a origem da distribuição dos sinais piratas.

A empresária reforça que o problema não está na conexão fornecida pelas operadoras, mas sim no uso de serviços que operam fora da legalidade. Ela recomenda que os usuários verifiquem a fonte do problema antes de reclamar das empresas e orienta que optem por plataformas legais e regulamentadas, que oferecem segurança jurídica, emitem nota fiscal e contribuem com impostos. O episódio reacende o debate sobre o custo dos serviços de streaming e a popularização do chamado “gatonet” no país.

Com informações do Portal Independente.