Desassorear RS transforma a realidade de Ponte Preta e reduz risco de alagamentos

No município já foram retirados 55 mil metros cúbicos de sedimentos do rio Jupirangava

A presença do Programa de Desassoreamento do Rio Grande do Sul (Desassorear RS) mudou a realidade do município de Ponte Preta, na região do Alto Uruguai, proporcionando mais tranquilidade à população. A cidade gaúcha sofria com a recorrência de alagamentos nos períodos chuvosos, o que causava prejuízos constantes.

De acordo com a moradora Terezinha Tomazelli, as residências eram frequentemente invadidas pelas águas após o transbordamento do rio Jupirangava.  “Lá na nossa casa tudo ficava embaixo d’água, perdíamos tudo”, recorda.

Após a retirada de 55 mil metros cúbicos de sedimentos do rio, por meio das ações do Desassorear RS, o cenário mudou e a ocorrência de novas chuvas intensas não trouxe grandes dificuldades. O morador Osmar Carus lembra que o rio transbordava e gerava apreensão. “Lá na colônia, três vezes o rio saiu do leito; aqui, qualquer chuvinha estava fora. Com 80 milímetros, a água já estava lá na praça, chegando perto da nossa casa. Agora que foi aberto (desassoreamento) o rio, resolveu totalmente o problema”, ressaltou. 

Uma foto aérea de uma área rural e de obras em andamento na rodovia ERS-427, com ângulo vertical. A estrada de terra, ainda não pavimentada, corta a paisagem de forma linear no centro, estendendo-se ao fundo.

Em primeiro plano, no lado direito da estrada, uma escavadeira amarela está trabalhando, revolvendo a terra. Um caminhão basculante cinza está parado logo à frente, na via principal. Um carro branco também é visível mais ao fundo, na estrada.

O cenário é de campos verdes: no lado esquerdo da estrada, uma grande área de pastagem com marcas de pneu em espiral preenche o plano. No lado direito, há um aglomerado de árvores, incluindo algumas araucárias (pinheiros), e um telhado de galpão rústico com um telhado cinza/azul. O fundo da imagem mostra a continuação da estrada e algumas construções rurais no horizonte. A área de construção contrasta com o ambiente rural e natural circundante.
Prefeito destaca parceria com a URI e o governo do Estado no enfrentamento às cheias do rio – Foto: Felipe Fontoura/Ascom Sedur

Pioneirismo que gera resultados

Em todo o Rio Grande do Sul, o Desassorear RS já removeu mais de 3 milhões de metros cúbicos de sedimentos. Antes da atual gestão, não existia um programa do Estado com ações sistemáticas de desassoreamento voltadas para os rios, arroios, córregos e diferentes cursos d’água dos municípios. No segundo semestre de 2024, o governo do Estado criou o Desassorear RS. Em sua primeira fase foram 154 municípios contemplados. Na segunda fase, em agosto deste ano, outros 67 municípios passaram a integrar o programa, que conta com investimento de 301 milhões por meio do Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs). 

Ponte Preta tem o governo do Estado. Segundo o prefeito do município, Josiel Grisoli, a enchente histórica de 2024 alagou em torno de 70% da área urbana. “A partir daí, o município buscou fazer um trabalho técnico, com estudos elaborados com a Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI), para desenvolver ações concretas a fim de resolver esse problema. Agradecemos ao governo do Estado pelo Desassorear. A partir dessas ações, tivemos outras chuvas com volumes elevados nesse último ano e a água não saiu da calha do rio.”

O Desassorear RS é coordenado pelo governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano (Sedur), e integra o Plano Rio Grande, programa liderado pelo governador Eduardo Leite, criado para proteger a população, reconstruir o Rio Grande do Sul e torná-lo ainda mais forte e resiliente, preparado para o futuro. 

GC

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