Justiça suspende audiência e determina exame de sanidade mental para mãe acusada de matar a filha em São Gabriel

Defesa solicita perícia para avaliar estado psicológico da ré, que alega sofrimento intenso após a morte de Isabelly

A Justiça de São Gabriel (RS) suspendeu a primeira audiência do caso Isabelly Brezolin, após a defesa da acusada, apontada por matar a própria filha de 11 anos, solicitar um exame de sanidade mental para avaliar o estado psicológico da ré. A sessão estava marcada para a terça-feira, 4 de novembro, no Fórum do município.

Segundo os advogados de defesa, o pedido tem como objetivo garantir um julgamento justo e compatível com a realidade emocional e médica da acusada, verificando se, no momento do crime, ela possuía plena capacidade de compreensão e autodeterminação — condição essencial para eventual responsabilização penal.

Em nota, a defesa informou que a mulher sofre intensamente desde a morte da filha e que atualmente vive com o companheiro, pai de Isabelly, no mesmo lar onde ocorreu a tragédia. Destacou ainda que ela não pôde comparecer ao velório e ao sepultamento da menina, o que teria agravado seu estado psicológico.

A juíza Liz Grachten acolheu o pedido e determinou a instauração de incidente de insanidade mental, suspendendo o processo até a conclusão da perícia. Inicialmente, o adiamento da audiência havia sido atribuído a uma falha no sistema do Tribunal de Justiça do RS (TJRS), mas posteriormente foi confirmado o motivo judicial.

A audiência suspensa ouviria testemunhas de acusação, além da ré e de José Lindomar Nunes Brezzolin, pai da vítima, que deverão ser ouvidos em nova data, ainda não definida.

O exame de sanidade mental poderá determinar se a mulher é inimputável, ou seja, incapaz de responder criminalmente pelos atos cometidos. Caso essa condição seja confirmada, medidas alternativas, como tratamento psiquiátrico em instituição especializada, poderão ser aplicadas em substituição à pena de prisão.

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