Kim Kataguiri ganha destaque por defender grande mudança no Bolsa Família: “quem não quiser trabalhar vai perder acesso ao benefício”
"Nenhum país se desenvolve tendo metade da sua população dependendo de benefício assistencial ou previdenciário"

Na última quarta-feira (26), Kim Kataguiri (União Brasil) publicou um vídeo em seu canal no YouTube que vem ganhando destaque no mundo político. O vídeo é de uma participação do Deputado no “Programa Jota”, onde debate sobre o oligarquias políticas, Bolsa Família e a candidatura de Renan Santos para presidente em 2026 pelo Partido Missão.
Oligarquias políticas: Norte e Nordeste
O debate se inicia com uma análise política da estrutura do governo atualmente. Kim defende que o Norte e o Nordeste são oligarquias e dominam o cenário atual. Para o deputado, isso é extremamente negativo:
Nosso país (…), seguiu péssimos rumos sendo comandado por essas oligarquias [do Norte e Nordeste].
– Kim Kataguiri
Bolsa Família: reforma urgente
Seguindo o programa, o apresentador introduz a discussão sobre as propostas relacionadas à reforma do Bolsa Família, tema amplamente defendido por Kim Kataguiri e Renan Santos. O deputado paulista defende a redução de beneficiários por meio de um projeto escrito e elaborado por ele. Esse projeto inclui um simples cronograma:
- Os órgãos de assistencialismo deverão realizar uma busca ativa nas famílias beneficiárias;
- Os indivíduos com condições físicas e mentais aptas para trabalho receberão uma proposta de emprego;
- Aqueles que não têm condições para o trabalho continuarão recebendo o benefício por conta da impossibilidade de aumentar sua renda;
- Aqueles que, mesmo com condições para trabalho, se negarem a aderir ao emprego proposto, perderão o acesso ao benefício do Bolsa Família;
Candidatura de Renan Santos e Partido Missão
Kim deixa claro que a proposta seria melhor estruturada com a eleição de Renan Santos para presidente da República. Renan Santos é um dos fundadores do MBL (Movimento Brasil Livre) e presidente do Partido Missão, aprovado no início de novembro. O Partido Missão surgiu como uma consolidação do MBL dentre os partidos já existentes. Renan defende que é “um partido no campo da direita altamente pragmático”, além de “não possuir dogmatismo quanto à ideologia”.
Os posicionamentos apresentados no programa causaram grande repercussão, além de surgirem logo após a cassação do mandato de Kim Kataguiri ser arquivada. Na ocasião, Kim Kataguiri estava discursando sobre o Licenciamento Ambiental e os bens que os povos indígenas receberam na construção da hidrelétrica de Belo Monte. Em seguida a deputada indígena Célia Xakriabá (Psol) o chama de “deputado estrangeiro”, declarando que, por deputado ter traços asiáticos, ele não poderia opinar sobre o assunto. Kim sobe à tribuna e fala sobre o traje, com penas de pavão, utilizado por Célia naquele dia, “estrangeiro é o pavão que vem da Ásia e não tem relação com povos indígenas”. O deputado paulista foi levado ao Conselho de Ética para ser decidido se haveria ou não cassação.







