Cometa interestelar 3I/ATLAS atinge maior proximidade com a Terra nesta sexta
Objeto vindo de fora do Sistema Solar pode ser observado por telescópios; cientistas descartam teses de anomalias ou origem artificial

O cometa interestelar 3I/ATLAS alcança sua maior proximidade com a Terra nesta sexta-feira, 19 de dezembro, chegando a cerca de 269 milhões de quilômetros do nosso planeta. Segundo a Nasa e o Observatório Nacional (ON), este é apenas o terceiro objeto de origem externa ao Sistema Solar já identificado pela ciência. Embora desperte grande interesse, o corpo celeste não é visível a olho nu, podendo ser acompanhado apenas por meio de telescópios profissionais ou amadores baseados no solo.
A trajetória do cometa, que passará pelo Sol e seguirá para o espaço profundo sem nunca retornar, gerou especulações infundadas sobre “anomalias” e origens artificiais em fóruns digitais. Especialistas esclarecem que o comportamento do 3I/ATLAS é condizente com um objeto formado em outro sistema planetário, onde as proporções de compostos químicos e gelos diferem das encontradas em cometas locais. Cientistas reforçam que não há risco de colisão e que as variações de brilho e massa seguem padrões físicos naturais.
A “confusão” sobre o tamanho do cometa surgiu de estimativas preliminares que o tratavam como um asteroide, mas dados revisados confirmam que sua estrutura é composta por gelos e poeira que sublimam ao se aproximar do calor solar. Esse processo cria os jatos de gás e poeira responsáveis pela formação da coma e das caudas características. A Nasa já divulgou imagens detalhadas do objeto, consolidando a análise de que se trata de um fenômeno astronômico raro, mas estritamente natural.






