Operação federal mira fraudes bilionárias no INSS e envolve senador e alto escalão do governo

Ação da PF expõe esquema nacional com prejuízo estimado em R$ 6,3 bilhões e leva à prisão preventiva de diversos envolvidos
A Polícia Federal, em parceria com a Controladoria-Geral da União, realizou uma nova fase da Operação Sem Desconto, desvendando um esquema de fraudes que atingiu aposentadorias e pensões do INSS entre 2019 e 2024. A operação cumpriu 52 mandados de busca e apreensão e 16 de prisão preventiva em sete estados e no Distrito Federal. Os investigados são suspeitos de participarem de um esquema que envolvia descontos indevidos aplicados por entidades associativas em benefícios previdenciários, com prejuízo estimado em R$ 6,3 bilhões aos cofres públicos.
Entre os alvos da ação estão o senador Weverton Rocha (PDT-MA), vice-líder do governo no Senado, que foi alvo de mandado de busca, e Aldroaldo Portal, então secretário-executivo do Ministério da Previdência, que teve prisão domiciliar decretada e foi imediatamente exonerado do cargo. A operação foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal e representa um dos maiores escândalos recentes envolvendo o sistema previdenciário do país.
Também foram presos Romeu Carvalho Antunes, filho de um dos principais investigados já detido desde setembro, e Eric Fidélis, herdeiro do ex-diretor de Benefícios do INSS. As prisões ocorrem no momento em que o governo tenta reforçar o combate à corrupção dentro da máquina pública, e o caso levanta questões sobre a vulnerabilidade do sistema previdenciário e o uso político de cargos estratégicos. A investigação segue em curso, com novas fases previstas.







