Pílula contra a obesidade recebe aval nos EUA e pode substituir injeções

A agência reguladora dos Estados Unidos autorizou a primeira versão em comprimido do Wegovy, medicamento amplamente utilizado no tratamento da obesidade, abrindo caminho para uma mudança significativa na forma como esses remédios são administrados. A novidade deve chegar ao mercado americano no início de 2026 e surge como alternativa para pacientes que resistem ao uso de injeções, um dos principais entraves à adesão ao tratamento. A decisão também reforça a corrida da indústria por soluções mais práticas e acessíveis para a perda de peso .

O comprimido utiliza a semaglutida, o mesmo princípio ativo da versão injetável, responsável por regular o apetite e o metabolismo. Por ser ingerido, exige doses mais altas para alcançar efeitos semelhantes, mas os resultados clínicos animam: em testes, pacientes perderam em média 13,6% do peso corporal após 71 semanas, número próximo ao observado com as aplicações subcutâneas. A autorização vale para adultos com obesidade e também para pessoas com sobrepeso associado a comorbidades, mantendo o mesmo público-alvo das versões já conhecidas .

Além do impacto clínico, o fator preço pode transformar o mercado, já que o valor inicial previsto para o comprimido nos EUA gira em torno de US$ 149 a US$ 150 por mês nas doses iniciais, bem abaixo dos mais de US$ 1.000 cobrados por injetáveis similares. A praticidade da pílula tende a atrair mais pacientes, embora médicos alertem para exigências como jejum e restrições após a ingestão. Enquanto isso, concorrentes como a Eli Lilly aceleram seus próprios projetos, sinalizando que os medicamentos orais à base de GLP-1 devem ganhar protagonismo no combate global à obesidade nos próximos anos .

Gilioli

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