Brigada Militar e Polícia Civil desarticulam esquema de comércio ilegal de embalagens de agrotóxicos em três municípios do RS

A Brigada Militar, por meio do 3º Batalhão Ambiental (BABM), e a Polícia Civil do Rio Grande do Sul, através da 4ª Delegacia de Polícia Especializada na Repressão aos Crimes Rurais e Abigeato (Decrab) de Cruz Alta, desarticularam nesta segunda-feira, 1º de dezembro, um esquema de comércio ilegal de embalagens de agrotóxicos que atuava nos municípios de Mormaço, Soledade e Espumoso.
A operação teve início após a apreensão de um caminhão carregado com embalagens vazias de agrotóxicos em Salto do Jacuí, na segunda-feira, 25 de novembro. A partir disso, as equipes iniciaram uma investigação que levou à identificação de duas empresas, em Mormaço e Soledade, que mantinham depósitos ilegais de embalagens contaminadas, configurando grave crime ambiental e risco à saúde pública.
Durante a ação, os dois proprietários das empresas foram presos em flagrante por descumprimento à Lei dos Agrotóxicos, após a constatação de que as embalagens eram revendidas ilegalmente para reciclagem, sem qualquer processo de descontaminação.
A reciclagem clandestina dessas embalagens oferece alto risco à população, pois o material tóxico pode ser reutilizado na fabricação de utensílios domésticos, como copos, garrafas e brinquedos, expondo consumidores a substâncias perigosas.
Após as prisões em Soledade e Mormaço, os policiais localizaram em Espumoso um caminhão carregado de embalagens de agrotóxicos, pronto para ser escondido ou despachado pelo proprietário da empresa. O homem recebeu voz de prisão e foi encaminhado à Delegacia de Polícia de Soledade.
As equipes constataram que as embalagens eram misturadas a outros vasilhames e trituradas com plásticos comuns, sendo posteriormente comercializadas de forma irregular.
Ao todo, três homens foram presos e levados à Delegacia de Soledade. Além disso, dois Termos Circunstanciados foram lavrados contra os proprietários das empresas de Mormaço e Soledade por descumprimento da Licença Ambiental.
As diligências continuam para identificar outros envolvidos e assegurar a responsabilização ambiental e penal de todos os participantes do esquema criminoso.





