Toffoli rejeita pedido da PGR e mantém acareação no caso Banco Master

Audiência com investigados está marcada para terça-feira, 30 de dezembro
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, negou o pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) para suspender a acareação no caso do Banco Master e manteve a audiência prevista para terça-feira, 30 de dezembro.
A decisão foi tomada após solicitação da PGR para interromper o procedimento. Mesmo assim, Toffoli decidiu seguir com a audiência de acareação, que ocorrerá por videoconferência e envolverá o sócio do Banco Master, Daniel Vorcaro, o ex-presidente do Banco de Brasília (BRB), Paulo Henrique Costa, e o diretor de Fiscalização do Banco Central, Ailton de Aquino.
Na quarta-feira, 24 de dezembro, o ministro já havia determinado a realização da acareação como parte das investigações sobre fraudes financeiras que podem ter movimentado cerca de R$ 17 bilhões, por meio da emissão de títulos de crédito falsos.
Os investigados são alvo de apuração da Polícia Federal desde 2024, no âmbito da Operação Compliance Zero, deflagrada na segunda-feira, 18 de novembro. Na ocasião, Daniel Vorcaro foi preso no Aeroporto de Guarulhos (SP), um dia após a Fictor Holding Financeira anunciar a compra do Banco Master, que havia sido liquidado extrajudicialmente.
Também foram detidos Augusto Ferreira Lima, Luiz Antonio Bull, Alberto Feliz de Oliveira e Angelo Antonio Ribeiro da Silva, sócios de Vorcaro. Todos foram autorizados a responder em liberdade, com uso de tornozeleira eletrônica, além de estarem proibidos de atuar no setor financeiro, manter contato com outros investigados e deixar o país.
O caso tramita em sigilo no STF, sob relatoria de Toffoli, após o ministro acolher pedido da defesa de Vorcaro para que o processo fosse transferido da Justiça Federal em Brasília para a Suprema Corte. A mudança ocorreu em razão da citação de um deputado federal, o que atraiu a competência do STF por foro privilegiado.







